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[Trama] Prólogo — O Rei dos Piratas
Prólogo
Linha do Tempo
Marco: O Rei dos Piratas — 2 A.P (AP: após o século perdido).
Marco: O Rei dos Piratas — 2 A.P (AP: após o século perdido).
Falas:
George
Davy
George
Davy
Ele repousou o copo na bancada, degustava um velho uísque, chamado de Redline, uma homenagem para seu local de fabricação. Seus olhos negros fixaram a visão naquele que era seu opositor, que dedicou sua vida inteira em caçar George, o pirata mais famoso do século perdido. Mas este não estava no papel de marinheiro, agora, parecia mais um velho amigo.
— Passei tanto tempo tentando entende-lo, George, que agora, tão perto de sua morte, sinto quase como se fossemos irmãos — disse o velho Davy, que repousou sua capa de almirante no antebraço direito, enquanto o esquerdo manuseava um charuto importado.
O pirata gargalhou, balançou o liquido alaranjado dentro copo. Estavam em uma taberna antiga, mal iluminada e vazia, eram os únicos vivos ali, mas dizem até hoje que naquele momento todas as vidas que Goerge tirou, e todos os seus amigos que se foram no mar, bebiam em conjunto, festejavam seu ultimo dia vivo, logo todos se encontrariam e beberiam juntos, contando as histórias e as intrigas que tiveram em vida.
— Meu velho inimigo, sempre imaginei que minha vida teria esse fim, que tudo terminaria no começo — ele beliscou mais um trago da bebida quente, que desceu sobre sua garganta já calejada, que nem se quer sentiu-se incomodada com o queimor. Era um velho pirata, acostumado com seus dias de embriaguez no novo mundo.
Ambos olhavam para as garrafas expostas nas prateleiras do bar, suspensas por uma corda de cipó mal pregada, parecendo que por um triz tudo poderia desabar atrás do balcão. George questionava-se internamente, queria saber se sua jornada havia valido apena de fato. Ele conquistou todas as ilhas e todos os mares, chegou na lendária "Laugh Talle", onde nenhum outro homem vivo chegou. Colocou seus pés no chão firme e explorou sua terra, encontrou e desfrutou dos maiores tesouros que esse mundo tem para entregar.
— Você chegou lá mesmo, não é? O que você encontrou? — perguntou Davy, com uma curiosidade insaciável. A resposta de George? Foi uma risada brusca, ou melhor, uma longa gargalhada, e naquele momento algo clareou seus pensamentos e ele teve a resposta.
Sim, havia valido apena.
Sim, sua jornada, sua aventura, todas as pessoas que conheceu...
Ele morreria, mas partiria satisfeito, sabendo que deixou para trás o maior legado para seus herdeiros, e como 'Rei dos Piratas', ele considerava que todos abaixo de si eram seus filhos.
— Davy, beba essa ultima garrafa de Redline comigo, daqui algumas horas eu te conto oque tinha em Laugh Talle — ele sorriu, linhas maliciosas expressavam um cinismo que o marinheiro não compreendia.
Gol D. George levantou-se, com o copo e a garrafa em mãos. Davy fez o mesmo, pegando a botelha da posse de seu velho amigo, bebeu longos goles no gargalo do vidro. Ambos começaram cantarolar, canções antigas, e parece que até os fantasmas levantaram.
O chão da taverna tremia com seus sapateados, as risadas podiam ser ouvidas pelo lado de fora, os marines que guardavam o local sentiram-se incomodados com a festança, mas por ordens do próprio Davy, não ousaram atrapalhar aquele momento de confraternidade.
PLAY.
continua abaixo...
One Piece
Falas:
George
Davy
Coadjuvantes
George
Davy
Coadjuvantes
Após muito tempo de cantoria e festança, as portas da taberna começavam a ser forçadas pelo lado de fora, era um grupo enorme de marinheiros, finalmente chegaram para levar o criminoso a sua sentença final.
— Almirante Davy, chegou a hora! — o capitão bradou pela parte externa do estabelecimento, esperando que fosse ser atendido pelo seu superior. Toda via, não foi Davy que abriu a porta.
— Vamos, crianças. — o velho pirata esticou os braços para ser algemado, mas seu olhar amedrontador fez com que metade daquele grupo caísse ao seus pés, como se estivessem se curvando diante do Rei. Mas claro que não se tratava disso, era apenas a áurea comum de George, que mesmo quando não queria, arrebatava os mais fracos ao seu redor.
— O-o-nde está... o-o Almirante D-avyy? — perguntou o capitão, com os olhos ariscos como o de um cavalo xucro. Esticou o pescoço para enxergar dentro da taberna e viu seu superior sentado em frente a uma das mesas, uma das que ainda estava em pé, pois a maioria delas foi destruída naquela madrugada. Ele fumava seu clássico charuto, estava de costas para a porta.
— Dê um tempo para ele. Davy ficou sentimental demais com o passar dos anos — gargalhou de forma maquiavélica, fez com que mais marinheiros caíssem.
Encarando o capitão da marinha, que apesar de todo medo que sentia, manteve-se firme em sua frente, ele disse em tom autoritário — Leve-me. Meu carrasco deve estar impaciente, as pessoas querem ver o Rei dos Piratas morrer em sua frente, para garantir que minha morte seja real. Hoje Loguetown vai comemorar, com fogos e muita bebida. Jovem, se você quiser viver para celebrar, é bom não deixar aqueles homens esperarem muito —parecia quase um superior daquele marinheiro que obedeceu sem pestanejar.
George foi algemado e levado, na companhia de apenas um homem, aquele nobre e leal capitão. Suas pernas tremiam, mas sua vontade de justiça seguia intacta, ele levaria o criminoso até sua sentença.
As ruas da cidade estavam vazias, as janelas das casas e estabelecimentos vedadas com sarrafos de madeira. Existia uma lenda a cerca da morte de George, que todas as casas deveriam estar fechadas e sua população deveria celebrar no centro da cidade, assim que a cabeça do criminoso caísse. Caso alguma pessoa não estivesse lá e alguma casa estivesse aberta, o espirito amaldiçoado de George viveria para sempre em Loguetown.
(...)
Uma multidão murmurava, mas não pareciam alegres nem eufóricos com aquela sentença, só queriam que aquilo terminasse de uma vez, que a execução acontecesse e que o criminoso não tivesse chances de assombrar suas vidas. Crianças, idosos, marinheiros, caçadores e piratas, pessoas de todos os tipos se reuniam para presenciar aquele marco na linha do tempo.
Conforme o capitão se aproximava trazendo o criminoso algemado, foi recebido pela infantaria da marinha, que estavam surpresos pela ausência de segurança.
George desfilou no meio das pessoas, com a cabeça erguida e um sorriso que cobria lado a lado de seu rosto. Muitos piratas olharam para ele com orgulho, como se enxergassem um herói, até mesmo algumas crianças passavam essa mesma sensação, seus olhinhos brilhavam ao ver o homem. E de fato ele era um herói do século perdido, mas sua história verdadeira seria enterrada a sete palmos junto com ele.
Ele parou na frente do patíbulo, e subiu degrau por degrau da escada de madeira. A cada passo que dava, o rangido do assoalho parecia aumentar, como se o peso de seu corpo pressionasse a estrutura.
— Quais são suas ultimas palavras? — disse um dos carrascos, com suor escorrendo por todo o seu rosto.
Ele deu uma leve sorriso, mas moveu a cabeça em sinal negativo, deu os últimos passos e ajoelhou-se diante do povo, e lá de cima encarou a multidão, seus olhos arregalados e um sorriso largo estampado na face.
— AAAI O REI DOS PIRATAS — uma criança grita lá de baixo, os adultos ficam eufóricos e se movem rapidamente para impedir que ela terminasse sua blasfêmia, se irritasse George, ele poderia reduzir a ilha em pó, pois até o momento não havia explicação para ter se entregado — O QUE VOCÊ FEZ COM SEU TESOURO, EIM? — um dos piratas coloca a criança sobre os ombros e começa a correr para trás da multidão.
George gargalhou, tão alto que até os moradores de Prontera ouviram seu riso.
— Querem meu tesouro? Fiquem a vontade para pega-lo! —
— Cale a boca! — disse um dos carrascos.
— Procurem! Seu nome é One Piece, e nele está tudo que esse mundo pode dar a vocês! —
— AGORA! — em sincronia ambos os carrascos espetaram suas lanças no peito do homem, a multidão foi a loucura, não com a execução, mas sim com a hipótese de se tornarem lendas, de conhecerem a maior riqueza do mundo.
Esse foi o marco inicial para a história, homens abandonaram suas vidas antigas para encarar o mar, em busca de um único sonho: One Piece.
E para todos os marinheiros e os nobres, George ficou conhecido não só como Rei dos Piratas, mas também como um eterno mártir, um agente do caos eterno, uma pedra que viveria para sempre em seus sapatos.
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